ARQUITETURA
Os principais projetos apresentados foram pelos arquitetos Antonio Moya e Georg Przyrembel. Alguns estudiosos acreditam que a influência da Semana sobre a arquitetura moderna brasileira foi pequena. No catálogo com a programação da Semana é possível perceber que a participação realmente foi tímida.
Moya foi quem apresentou mais projetos, no entanto, nenhum deles se concretizou devido a sua complexidade de traços e inovação. O arquiteto foi descoberto em 1921, Menotti del Picchia escreveu um artigo intitulado "Um arquiteto", em que ele fala exatamente desta particularidade criativa de Moya. "Ultimamente, os estudos de Moya, o jovem e brilhante arquiteto paulista, procuram resolver o problema capital de harmonizar a escultura com a arquitetura, fundidas ambas numa harmonia integral e íntima, de modo que uma resulte de outra naturalmente, sem acusar o aplicado, o postiço, o artificioso, o fútil".
Só a partir de 1925, com a publicação do primeiro manifesto por Gregori Warchavchik, com o título de "Futurismo" no jornal Il Piccolo (em italiano) na cidade de São Paulo, é que a discussão sobre a temática começa a ser aprofundada.
Casa Modernista - Parte interna
Warchavchik, na verdade, trata-se do mais destacado arquiteto do Modernismo. De origem russa, chegou ao Brasil em 1924. Um de seus principais projetos é sua casa na rua Itápolis, em São Paulo, inaugurada em 1930. Hoje ela é um Centro Cultural e é conhecida como a Casa Modernista.
ANTONIO GARCIA MOYA (1891-1948)
"Indubitavelmente o elemento destruidor na seção de Arquitetura, com os seus projetos plenos de atmosfera, revolucionários como concepção por seu caráter de rompimento com a convenção".
Aracy Amaral
O desenhista e arquiteto Antonio Moya nasceu na cidade Atarfe na Espanha, porém veio para o Brasil ainda criança, com 4 anos. Moya apresentou 18 trabalhos durante a Semana. Formado pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo abusava da imaginação, fator este que fez com que nenhum de seus projetos apresentados fossem realizados. Guilherme Malfatti, tio de Anita e sócio de Moya, dizia que o trabalho apresentado pelo arquiteto não correspondia à realidade.
"O poeta da pedra" assim foi chamado por Menotti del Picchia, em seus projetos na Semana, Moya tem como influências a arquitetura pré-colombiana e mesopotâmica. Tinha a intenção de romper com o modelo tradicional, usava formas cúbicas e sem muitos ornamentos. Mais tarde definido como "Estilo Marajoara" como referência a arte indígena próxima a foz do Rio Amazonas.
Após a Semana, no entanto, o arquiteto não segue a mesma linha e passa a integrar diferentes influências aos seus projetos. Em 1933, formou-se pela Escola de Belas Artes e a partir disto monta um escritório com Guilherme Malfatti ("Moya e Malfatti").
Laenny Christy Monteiro 3°MD, N°21
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