PINTURA
Inovar! Assim como nas demais manifestações artísticas da semana, a pintura apresenta uma diversidade artística nunca antes vista. Em conseqüência, trouxe muita polêmica algo que começou bem antes da Semana, quando Monteiro Lobato escreveu o artigo Paranóia ou Mistificação? para o Estado de S. Paulo em 20 de dezembro de 1917. Lobato referia-se à exposição de Anita Malfatti. A exposição e a repercussão provocada pelas severas críticas de Monteiro Lobato, impulsionou a organização dos artistas para criar a Semana de 22.
A improvisação e o ecletismo das obras expostas só podem assinalar um desejo de mudança, e não uma verdadeira assimilação de algo voltado para o movimento modernista. O real desejo era em propor algo voltado para o Brasil, com influências européias sim, mas que procurasse personalizar a arte brasileira.
Pintores da semana de arte
Anita Malfatti
Anita Malfatti nasceu em 2 de dezembro de 1889, em São Paulo. Filha de imigrantes, o pai, Samuel, italiano era engenheiro. A mãe, Eleonora Elizabeth, norte-americana, era poliglota, pintava e desenhava, exercendo grande influência na formação da filha, embora não acreditasse que ela iria se tornar umas das principais pintoras brasileiras. Anita sofria de uma atrofia congênita na mão direita, mesmo assim aprendeu a escrever, desenhar e pintar só com a mão esquerda.
Em 1910, Anita viajou para Berlim, onde começou seu contato com a arte expressionista alemã. Em 1913 voltou para o Brasil, da onde seguiu para os Estados Unidos. A partir dessas viagens é que Anita começa a desenvolver o que se tornaria o modernismo brasileiro. A “Primeira Exposição de Arte Moderna no Brasil, 1917-1918” é o começo do movimento que eclode na Semana de Arte Moderna de 1922.
Anita Malfatti teve um começo de carreira conturbado pelas criticas. Primeiramente recebeu as gargalhadas de Mário de Andrade, que anos depois se tornou grande admirador da obra da pintora. Depois foi a vez de Monteiro Lobato. O escritor escreveu um artigo dizendo que a artista não representava o brasileiro e sua natureza com fidelidade.
Para não ser a integrante mais velha do grupo modernista, Anita falsificou seu documento de identidade e mentiu sobre sua verdadeira data de nascimento, falando sempre que havia nascido em 1896. Anita morreu, no dia 6 de novembro de 1964, prestes a completar 75 anos.
A japonesa
O jardim
A onda
Laenny Christy Monteiro 3°MD , N°21
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