LITERATURA
A Semana de Arte Moderna apresentou modificações consideráveis na literatura modernista; foi uma verdadeira revolução literária que estabelecia uma liberdade absoluta na arte. Um dos grandes objetivos deste evento foi situar a literatura brasileira na modernidade contemporânea. Isso só foi possível após um contato com as técnicas literárias e visões de mundo da vanguarda européia, provenientes do futurismo, do dadaísmo, do expressionismo e do surrealismo.
Os artistas e intelectuais queriam acabar com a mania de falar difícil e não dizer nada.Uma de suas principais inovações foi a abordagem de temas do cotidiano, com destaque para a realidade brasileira e seus problemas sociais.
O texto passa a ser mais coloquial, deixando de lado a linguagem culta, admitindo-se até mesmo o uso de gírias. O uso de rimas e métricas perfeitas na poesia não são mais obrigatórias, possibilitando versos mais livres.
Dentre os autores mais importantes destacam-se Oswald de Andrade e Mário de Andrade, como os principais teóricos do movimento. Menotti Del Picchia e Graça Aranha também fazem parte deste quadro, que ainda tem Manuel Bandeira, Guilherme de Almeida, Ronald de Carvalho, Raul Bopp, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado, Sergio Milliet e Plínio Salgado como participantes ativos da literatura na Semana de Arte Moderna de 1922.
Graça Aranha
Nome: José Pereira da Graça Aranha.
Nascimento: 21 de junho de 1868, em São Luís (MA).
Falecimento: 26 de janeiro de 1931, no Rio de Janeiro.
Vida:
Graça Aranha formou-se em Direito em Recife. Serviu em Londres, Oslo, Haia e Paris, como diplomata. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras em 1897, ante de ter publicado nenhum livro.
Com o ideal de mudança na vida artística e social do país, uniu-se a outros agitadores do movimento modernista, tornando-se um dos líderes do movimento na Semana de Arte Moderna.
Obra:
Romances:
- Canaã (1902)
- A viagem maravilhosa (1929)
- Malazarte (1911)
Ensaios:
- A estética da vida (1920)
- O espírito moderno (1925)
Alcântara Machado
Nome: Antônio Castilho de Alcântara Machado de Oliveira.
Nascimento: 25 de maio de 1901, em São Paulo.
Falecimento: 14 de abril de 1935, no Rio de Janeiro.
Vida:
Antes de concluir seus estudos em direito Alcântara Machado já trabalhava como jornalista. Foi repórter em Pathé Baby e Cavaquinho e Saxofone, além de superintendente da Rádio Sociedade Record de São Paulo, que o levou à política em 1932. Ainda foi redator e colaborador das revistas Terra Roxa e Outras Terras, Antropofagia e Nova.
Machado integrou-se ao movimento de renovação literária do modernismo após idéias que adquiriu em uma temporada na Europa.
Obra:
Contos:
- Brás, Bexiga e Barra Funda (1927)
- Laranja da China (1928)
Romance:
- Mana Maria (inacabado – 1936)
Ensaio:
- Anchieta na capitania de São Vicente (1928)
Laenny christy monteiro 3°MD N°21
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