A Semana de 1922 representa o marco do lançamento público do Modernismo Brasileiro, uma vez que os artistas que lá exibiam suas obras tinham como objetivos a ruptura com as tradições acadêmicas, a atualização das artes e da literatura brasileiras em relação aos movimentos de vanguarda europeus e o encontro de uma linguagem autenticamente nacional. A idéia era atualizar culturalmente o Brasil, trazendo as influências estrangeiras, colocando-o ao lado dos países que já haviam atingido sua independência no plano das idéias, das artes plásticas, da música e da literatura. A partir dela, iniciou-se uma década de polêmicas, provocações, invenções, brigas estéticas, enfim, uma farra que parecia inesgotável, levando Mário de Andrade a afirmar que os oito anos que se seguiram à "festa" do Teatro Municipal foram "a maior orgia intelectual que a história artística registra".
Agora que foi explicado o que foi o evento, seus objetivos, é provável que se pense: Mas, como surgiu a idéia de montar uma Semana de Arte Moderna? Mário de Andrade deixa bem claro, que não foi dele: "Por mim não sei quem foi, nunca soube, só posso garantir que não fui eu". Porém, com a ajuda de registros do livro de memórias de Di Cavalcanti chamado "Viagem de Minha Vida - Testamento da Alvorada", ele assinala que foi ele o idealizador da Semana de Arte Moderna, tendo como um modelo a Semana de Deauville, na França. Assim ele sugeriu a Paulo Prado a realização de "uma semana de escândalos literários e artísticos de meter estribos na burguesiazinha paulistana". Analisando agora o evento, há que se dizer que o público não teve a mesma reação frente aos diferente tipos de arte. As artes plásticas foram as que tiveram melhor repercussão.
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