quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Semana da Arte Moderna-1922

Na década de 1920, a sociedade brasileira convivia com o “lado moderno” e o que se poderia chamar de “poder do atraso” no Brasil. Esse conflito se manifesta em diversos setores sociais. Na área cultural, por exemplo, em fevereiro de 1922, eclodiu outro tipo de rebelião: a Semana de Arte Moderna. Durante o evento realizado em São Paulo, diversos artistas escandalizaram o público paulistano no Teatro Municipal, apresentando obras inovadoras e vanguardistas que rompiam com os padrões estéticos até então vigentes.
Entre as obras havia quadros expressionistas de pintores como Di Cavalcante, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti; poemas que fugiam ás regras do Parnasianismo e do Simbolismo, declamados por Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Oswaldo de Andrade, entre outros poetas; esculturas de Vítor Brecheret; e peças musicais de Heitor Villa-Lobos.
A Semana de Arte Moderna provocou enorme impacto na provinciana vida cultural de São Paulo, abrindo caminho para a transformação do gosto estético que se verificaria nos anos seguintes em todo o país.
Os intelectuais de São Paulo organizaram uma exposição para demonstrar ao público o que havia de novo no campo das artes plásticas, na literatura e na música, que ocorreria de 11 a 18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal.
As obras apresentadas, embora refletissem tendências já existentes na Europa, chocam o público paulistano.
Leia um artigo que saiu no jornal A Gazeta em 22-02-1922:
“Ao público chocado diante da nova música tocada na Semana, como diante dos quadros expostos e dos poemas sem rima (...) sons sucessivos, sem nexo, estão fora da arte musical: são ruídos, são estrondos; palavras sem nexos estão fora do discurso: são disparates como tantos e tão cabeludos que nesta semana conseguiram desopilar os nervos do público paulista” (In Emília Amaral e outros. Cit.Pág.67)
Ronald de Carvalho foi muito vaiado na segunda a noite, quando declamava o poema Os Sapos, de Manuel Bandeira, que ridicularia o Parnasianismo.



Fontes: Divalte. Historia Novo Ensino Médio. Ed.ática. Pág.327.2002
Máxima. Maria. Língua Portuguesa. Apostilado. Ed. Didática Paulista. Pág.105.

Componentes:
Jamila Machado Nº: 16
Kêmila Lourenço Nº: 20
Steffany Soares Nº: 34

3ºD

Nenhum comentário:

Postar um comentário